Grande voz e muito bem aqui neste acústico, directo, sem cortes ou arranjos! Apenas voz e guitarras!
A voz dela é realmente boa, foi mais um talento que andava meio escondido, entre tantos outros!
Canta que se farta, ora vejam lá se não é!
Drazdi
"Fotografar é colocar na mesma mira a cabeça, o olho e o coração." Henry Cartier Bresson
"Os jovens escutam músicas e são loucos, os homens constroem bombas e são normais." Suelen dos Santos Barcelos
"Não sei uma nota de música. Nem preciso." Elvis Presley
sábado, 30 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
A Páscoa
(A Ressurreição de Rafael Sanzio. Disponível em: oquistodidactico.blogspot.com)
Acordou pela manhã, quando os raios do sol começaram a invadir o quarto. Ainda não eram quentes, mas já tinham aquele brilho dourado que muitas vezes na Primavera já faz anunciar a chegada do Verão.
Saltou da cama.
Sobre a cadeirinha riscada de azul que estava ao lado da cama, alguém tinha deixado os calções azuis escuros, a camisa branca e o colete a combinar com os calções.
Já era tradição estrear uma roupa nova naquele dia.
Quando entrou na cozinha, cheirava a torradas, feitas na chapa, e a leite quente. Porque seria que o leite ali tinha uma espuma e um sabor diferente?
Sabia mais e melhor! Tinha outra consistência… até insistia em deixar uma marca espessa sobre os seus lábios.
Quando saiu da cozinha reparou ainda que sobre a masseira repousavam vários folares que as tias e a avó haviam feito durante aquela semana.
Junto à porta estava um dos ramos que tinham trazido na semana passada, as papoilas já começavam a perder a cor mas o cheiro do alecrim e o verde matizado das folhas de oliveira não o deixavam passar despercebido.
Correu para o quarto.
Quando já estava arranjado e o cabelo bem penteado esperou nos degraus de pedra da porta da entrada.
Finalmente a avó e o avô chegaram.
Juntos saíram, e caminharam, para a missa tão especial daquele Domingo, onde se crê que Cristo havia ressuscitado.
Durante a homilia do pároco não pode deixar de pensar que todos os dias poderiam ser dias de Páscoa, todos os dias poderia “renascer” e “recomeçar”, bastava querer e ter vontade… o exemplo estava ali…
Stella
Acordou pela manhã, quando os raios do sol começaram a invadir o quarto. Ainda não eram quentes, mas já tinham aquele brilho dourado que muitas vezes na Primavera já faz anunciar a chegada do Verão.
Saltou da cama.
Sobre a cadeirinha riscada de azul que estava ao lado da cama, alguém tinha deixado os calções azuis escuros, a camisa branca e o colete a combinar com os calções.
Já era tradição estrear uma roupa nova naquele dia.
Quando entrou na cozinha, cheirava a torradas, feitas na chapa, e a leite quente. Porque seria que o leite ali tinha uma espuma e um sabor diferente?
Sabia mais e melhor! Tinha outra consistência… até insistia em deixar uma marca espessa sobre os seus lábios.
Quando saiu da cozinha reparou ainda que sobre a masseira repousavam vários folares que as tias e a avó haviam feito durante aquela semana.
Junto à porta estava um dos ramos que tinham trazido na semana passada, as papoilas já começavam a perder a cor mas o cheiro do alecrim e o verde matizado das folhas de oliveira não o deixavam passar despercebido.
Correu para o quarto.
Quando já estava arranjado e o cabelo bem penteado esperou nos degraus de pedra da porta da entrada.
Finalmente a avó e o avô chegaram.
Juntos saíram, e caminharam, para a missa tão especial daquele Domingo, onde se crê que Cristo havia ressuscitado.
Durante a homilia do pároco não pode deixar de pensar que todos os dias poderiam ser dias de Páscoa, todos os dias poderia “renascer” e “recomeçar”, bastava querer e ter vontade… o exemplo estava ali…
Stella
sábado, 23 de abril de 2011
A noite agitada...
(Imagem disponível em: meteogorda.webnode.com)
Estava deitada e encolhida, sobre a cabeça havia já colocado o travesseiro de penas e a camada espessa e pesada dos cobertores de papa quase que não a deixavam mexer-se.
O quarto estava escuro, as portadas pesadas de madeira da janela já haviam sido fechadas.
Foi quando começou a ouvir novamente a ladainha... por mais que tentasse abstrair-se era impossível não ouvir em surdina, de forma quase sussurrada, a voz da avó a orar "Santa Bárbara bendita, que no céu estais escrita, com papel e água benta, livrai-nos desta tormenta".
Quase que lhe parecia uma música que a ia deixando entorpecida, mas o medo e o receio também não a deixavam fechar os olhos e descansar.
De repente o quarto ficou iluminado, por uma luz branca, por vezes quase azulada, alguns segundos depois estremeceu com o estrondo do enorme trovão! Em vez de se afundar mais na cama, levantou-se.
A voz da avó continuava a ouvir-se, com a mesma invocação a Santa Bárbara, e nem sequer era 4ªfeira...
Pisou as longas tábuas do soalho de carvalho, que já outras gerações anteriores a ela haviam pisado, talvez por isso rangessem levemente cada vez que as calcava.
Finalmente chegou em frente ao espelho também ele já envelhecido, onde tantas e tantas vezes a avó lhe havia penteado o longo e loiro cabelo e a cada demonstração de dor, quando algum "nó" teimava em aparecer, lhe dizia "menina, tem de sofrer para bonita ser".
Então, sem mais demoras pegou no pano que estava na poltrona ao lado e cobriu o espelho de vez!
Agora os raios e trovões já ali não a poderiam atormentar. Sentia-se segura. Poderia ser superstição, mas o que é certo é que voltou para a cama e adormeceu embalada pelo som da própria natureza...
Stella
Estava deitada e encolhida, sobre a cabeça havia já colocado o travesseiro de penas e a camada espessa e pesada dos cobertores de papa quase que não a deixavam mexer-se.
O quarto estava escuro, as portadas pesadas de madeira da janela já haviam sido fechadas.
Foi quando começou a ouvir novamente a ladainha... por mais que tentasse abstrair-se era impossível não ouvir em surdina, de forma quase sussurrada, a voz da avó a orar "Santa Bárbara bendita, que no céu estais escrita, com papel e água benta, livrai-nos desta tormenta".
Quase que lhe parecia uma música que a ia deixando entorpecida, mas o medo e o receio também não a deixavam fechar os olhos e descansar.
De repente o quarto ficou iluminado, por uma luz branca, por vezes quase azulada, alguns segundos depois estremeceu com o estrondo do enorme trovão! Em vez de se afundar mais na cama, levantou-se.
A voz da avó continuava a ouvir-se, com a mesma invocação a Santa Bárbara, e nem sequer era 4ªfeira...
Pisou as longas tábuas do soalho de carvalho, que já outras gerações anteriores a ela haviam pisado, talvez por isso rangessem levemente cada vez que as calcava.
Finalmente chegou em frente ao espelho também ele já envelhecido, onde tantas e tantas vezes a avó lhe havia penteado o longo e loiro cabelo e a cada demonstração de dor, quando algum "nó" teimava em aparecer, lhe dizia "menina, tem de sofrer para bonita ser".
Então, sem mais demoras pegou no pano que estava na poltrona ao lado e cobriu o espelho de vez!
Agora os raios e trovões já ali não a poderiam atormentar. Sentia-se segura. Poderia ser superstição, mas o que é certo é que voltou para a cama e adormeceu embalada pelo som da própria natureza...
Stella
terça-feira, 19 de abril de 2011
Em escuta: Knockin' on Heaven's Door, Guns N' Roses
É caso para dizer "knock-knock-knockin' on heaven's door"!
Aqui fica uma excelente versão ao vivo!
(e a trovoada continua...!)
Drazdi
Aqui fica uma excelente versão ao vivo!
(e a trovoada continua...!)
Drazdi
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Tempo agitado...
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Em escuta: Hooverphonic - Sometimes
Geike Arnaert sempre no seu melhor e acompanhada por uma grande banda!
Drazdi
Drazdi
terça-feira, 12 de abril de 2011
Camélias - Parque Natural de Sintra
Entrou e sem saber bem como e porquê escolheu a mesa que estava vazia lá ao fundo.
Sentou-se.
Não estava frio, nem calor... sentia-se confortável com a camisa branca que tinha tirado de manhã do roupeiro, quando nem sequer imaginava se o dia iria trazer consigo calor, frio, chuva ou vento.
O ar estava impregnado daquela humidade que parece que fica agarrada em tudo e todos.
A música que tocava era algo que já não ouvia há imenso tempo, mas também não se conseguia lembrar o que era, nem quem a tocava, só sabia que quando a tinha ouvido pela última vez não estava só.
Tirou a carta que trazia no bolso do casaco, já estava amarrotada, mas continuava intacta. Mais uma vez contou e observou os selos e as marcas dos carimbos que lá estavam colados...
Mas quem é que ainda escrevia cartas?
Quem é que ainda pegava no papel e na caneta e deixava as palavras brotarem?
Com tantas tecnologias, aquele envelope parecia-lhe quase uma relíquia. Talvez por isso havia adiado tanto o momento da sua abertura, quem sabe!
Quando a voz do empregado o despertou do transe, pediu um café curto. Não entendia porque é que alguns insistiam em lhe chamar "italiana" ... como se as mulheres de outras nacionalidades também não pudessem ser "fortes" e "concentradas"!
Antes de beber o café, tomou coragem, e "acabou" com a relíquia!
Abriu o envelope de vez, só tomou algum cuidado para não estragar os selos com as flores rosa, esses sim, iria guardar como uma verdadeira relíquia, tal como o nome dela havia ficado guardado e perpetuado na mais conhecida obra de Dumas…
Stella
sábado, 9 de abril de 2011
Em escuta: Somewhere over the Rainbow by IZ
É caso para dizer que quem ouve corações não vê caras nem corpos... Um bem haja para IZ!
Drazdi
Drazdi
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Tróia à vista!
Fez parte do meu roteiro de férias enquanto criança, embora muitas vezes fosse local de passagem para chegar até à praia da Comporta!
Com o Ferry Boat passávamos de uma margem para a outra, das vezes que ficávamos em Tróia alternávamos entre as areias perto do local onde atracavam os barcos (agora uma marina para contemplar!) ou andando mais um pouco, chegávamos à praia onde lá estava a "Bola da Nívea". (não sei se ainda existe)
Aqui ficam umas fotos de Tróia, bonita, moderna e recuperada para uns, adulterada e inacessível para outros!
Para acompanhar a "visita" sugiro Earth Song do Michael Jackson:
Drazdi
Com o Ferry Boat passávamos de uma margem para a outra, das vezes que ficávamos em Tróia alternávamos entre as areias perto do local onde atracavam os barcos (agora uma marina para contemplar!) ou andando mais um pouco, chegávamos à praia onde lá estava a "Bola da Nívea". (não sei se ainda existe)
Aqui ficam umas fotos de Tróia, bonita, moderna e recuperada para uns, adulterada e inacessível para outros!
Para acompanhar a "visita" sugiro Earth Song do Michael Jackson:
Drazdi
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