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domingo, 13 de fevereiro de 2011
Gary Moore - Jamais serás esquecido!
A música ficou mais pobre com a morte do virtuoso guitarrista Irlandês, Gary Moore, no passado domingo (6 de Fevereiro). Segunda-feira, 7 de Fevereiro estava eu no aeroporto de Lisboa, quando vi no telejornal da manhã uma notícia sobre o guitarrista. Como não era possível ouvir, apenas vi imagens de um concerto, pelo que pensei, “Será que o Gary Moore esteve a tocar em Portugal e eu não soube de nada?!” Durante algum tempo fiquei convencido que realmente deveria ter vindo tocar por cá e eu não o vi, obviamente fiquei chateado mas, como estava em vias de embarcar, a minha mente lá se dirigiu para outras coisas necessárias a tratar.
Afinal Gary Moore não tinha passado por portugal, a notícia era sobre a sua morte. Confesso que custei um pouco a acreditar. Gary Moore é para mim uma referência como guitarrista, juntamente com Slash foram os dois guitarristas que desde a minha adolescência me levaram a descobrir a guitarra enquanto instrumento e como nos podemos expressar através dela, como um solo de guitarra pode exprimir tanto sentimento e emoção, diria que uma reprodução musical daquilo que nos vai na alma.
Bastou ouvir Gary Moore apenas uma vez para logo sentir que me identificava com aquele som, a partir dessa altura passei a ficar fã, são solos de guitarra levados ao seu expoente máximo, onde cada nota é tocada com uma intensidade tal, muitas vezes proporcional às suas expressões faciais!
Gary Moore, fez algo que eu gostava e procurava num guitarrista: tocar blues mas acrescentar-lhe uns bons solos de guitarra eléctrica, alternando entre a distorção e o som limpo, com emoção em que cada nota pode ser ouvida e facilmente sentida! Outro aspecto relacionava-se com o tipo de som que o guitarrista experimentava: uma distorção pura, potente, sem grandes efeitos, sons cujos ingredientes eram apenas dois, a sua guitarra (muitas vezes a Gipson Les Paul) e a sua própria criatividade.
Claro que nem toda a gente gosta, existe até uma corrente de opinião que defende que Gary Moore, não acrescentou nada aos Blues, pelo contrário, acabou por tirar-lhes alguma beleza. É claro que essa interpretação é na minha opinião completamente descabida, e a prova disso é o imenso sucesso que o guitarrista teve, tem e continuará a ter, bem como a “aprovação que recebeu” ao tocar com grandes nomes dos Blues, (que ninguém ousa colocar em causa) tais como B.B King, Albert Collins e Albert King (apenas para citar alguns).
Para mim, Gary Moore foi, é e será sempre lembrado como um guitarrista de blues com enorme talento, que compôs e executou excelentes músicas e solos de guitarra únicos, que jamais serão esquecidos !
É triste, deixo-nos cedo demais, no entanto a sua música continuará a tocar e o seu nome será imortalizado pela obra que criou.
Gary Moore, jamais serás esquecido! The Sky Is Crying!
Para ver e ouvir proponho dois temas soberbos: “The sky is crying” e “Still got the blues”
Drazdi
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