"Fotografar é colocar na mesma mira a cabeça, o olho e o coração." Henry Cartier Bresson

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"Não sei uma nota de música. Nem preciso." Elvis Presley

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Alcochete - Beira-rio, avenida


É noite… tão fria, tão húmida, tão escura e se como tudo isso não fosse suficiente, “ele” ainda resolve ocupar o seu lugar… primeiro aparece sobre a água, depois, discretamente e de forma dissimulada, sobe o cais, “toma” a estrada e até aqueles que estão resguardados nas casas o sentem … se abrem as janelas, “ele” entra sem convite nem bilhete!
Impõe-se assim … como se todos tivessem que se render à sua presença, julga-se “dono e senhor” … de todos os lugares…
Apenas “ela” luta contra “ele”.
“Ela” assume várias formas, vários tons e diferentes nuances… quando quer é ouro, outras vezes é prata e, em alguns pontos é quase néon! E, quer “ele” queira ou não queira, “ela” tem a própria água como aliada… que a reflecte e lhe imprime movimento, com a sua ondulação!
Mas “ele” nunca se rende… pode desaparecer hoje, mas voltará, sem qualquer aviso prévio, para uma nova batalha, não lhe dando tréguas!
“Ela” estará à espera, como em todos os outros dias, mais que não seja, que da noite se faça dia…
“Ela” chama-se LUZ!
“Ele”, não sei como o diria …

Stella

2 comentários:

Maria do Carmo disse...

A ele chamar-lhe-ia "Breu" o escuro da noite ...
ou seria o "Vento"(?)

Drazdi disse...

Estás lá perto...;) diria que ele era o que nos impedia de ver com detalhe e clareza...e que naquela noite se manifestou com uma elevada intensidade!